Novembro 25, 2024
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Ato em defesa das empresas públicas, no dia 6, tem que ser amplo para brecar onda privatista

Presidente interino Michel Temer deixou claro, em pronunciamento, que vai pra cima das empresas estatais e fundos de pensão

Programação

O presidente da República interino Michel Temer, em pronunciamento que se encerrou há pouco, deixou claro que seu governo vai forçar a privatização das empresas públicas e tentar impedir a participação de trabalhadores em seus conselhos e fundos de pensão. As declarações acendem o alerta máximo para a mobilização contra o PL 4918 e outros que tramitam pelo Congresso Nacional, e reforçam a necessidade de uma grande participação no ato em defesa das estatais e serviços públicos que acontece no dia 6 no Rio de Janeiro.

“Temos que fazer do dia 6, uma data histórica contra esse desmonte proposto pelo governo golpista”, destacou a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano. Ela lembra que, quando o PLS 555 foi votado no Senado, houve um esforço do governo no sentido de retirar do projeto itens fundamentais, como a exigência de que todas as estatais se transformassem em sociedades anônimas.

“À época, discutimos e recebemos apoio de integrantes do governo Dilma para mudar o texto do PLS 555. Agora o governo não nos apoiará, e mesmo os avanços que obtivemos poderão ser derrubados na votação do PL 4918 na Câmara, retornando ao texto original”, avalia. Em seu pronunciamento Temer enfatizou a “meritocracia” para dizer que “dirigentes dos fundos de pensão e estatais” serão pessoas “tecnicamente preparadas”; ou seja, representativas apenas dos interesses de mercado.

O ato do dia 6 de junho no Rio de Janeiro será na Fundição Progresso, com a presença de intelectuais, políticos e representantes dos movimentos social e sindical. Centenas de entidades vão participar do evento, que terá ainda show musical.

As últimas declarações do presidente interino, Michel Temer, deixam claro que as empresas estatais e fundos de pensão estão com dias contados. As declarações acendem o alerta máximo para a mobilização contra o PL 4918 e outros que tramitam pelo Congresso Nacional, e reforçam a necessidade de uma grande participação no ato em defesa das estatais e serviços públicos.

Confira, abaixo, a programação do ato.

13h – Reunião do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas (Espaço Armazém)

14h30 – Abertura do evento com a presença do presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, e representantes de entidades que integram o Comitê

15h – Início das palestras e do debate “O que é público para você”. Com a presença de intelectuais, especialistas, políticos e lideranças dos movimentos social e sindical, tais como:

Roberto van der Osten (presidente da Contraf-CUT);

Marcia Tiburi (filósofa e autora de livros como As Mulheres e a Filosofia);

Emir Sader (cientista político, professor da UERJ);

Ricardo Lodi (advogado professor de Direito Tributário da UERJ);

João Pedro Stédile (economista e um dos fundadores do MST);

Guilherme Estrella (geólogo e ex-diretor da Petrobras);

João Antônio de Moraes (secretário de Relações Internacionais e Movimentos Sociais da FUP);

Senador Lindbergh Farias (PT-RJ);

Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ);

Maria Rita Serrano (coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas).

19h – Ato público, político e cultural.

21h – Encerramento com show do grupo de samba Casuarina.

 

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas