Após 11 anos, a justiça chegou para uma terceirizada da extinta Transpev. Rosemeire dos Santos conseguiu ser reconhecida como bancária e receber os direitos antes negados pelo Santander, em ação movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo.
A Transpev, que hoje não existe mais, prestava serviços terceirizados de custódia de cheques para o Noroeste, um dos primeiros bancos adquiridos no Brasil pelo Santander. À época, de acordo com Rosemeire, além de fazer a compensação de cheques, ela ainda era subordinada diretamente ao gerente e chegou a desempenhar outras tarefas típicas de bancário durante dois anos. A terceirizada lembra ainda que em um determinado período do contrato de trabalho teve os benefícios cortados pela empresa.
Em 1999, Rosemeire foi demitida. No ano seguinte, orientada pelo Sindicato, entrou com ação individual na Justiça do Trabalho cobrando a equiparação. “Demorou a vir o reconhecimento, mas eu sempre acreditei que daria certo e deu. Hoje eu digo que valeu a pena. Deus faz tudo na hora certa e essa ação que ganhei veio em boa hora”, afirma a trabalhadora, contando que, com o dinheiro, vai ajudar o marido a investir em um novo trabalho.
Rosemeire incentiva os trabalhadores a entrar na Justiça e cobrar pelos direitos devidos. “Para mim foi uma grande conquista. E isso só comprova que não devemos aceitar as imposições do banco e ficar calados. Temos de cobrar e, se o que exigimos for justo, seremos recompensados.”
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo