Em dia de mais uma rodada de negociações com a Fenaban, mais truques dos banqueiros foram revelados aos trabalhadores, clientes e usuários, durante as manifestações promovidas pelo Sindicato dos Bancários de Brasília na quarta-feira 15 nas agências do Setor Comercial Norte, Setor Bancário Norte, Brasília Shopping e Conjunto Nacional.
O tema da Campanha Nacional dos Bancários 2012, que é ‘Chega de truques, banqueiro!’, foi amplamente divulgado nas atividades, que contaram com apresentações de mágicos. Durante os números, eles faziam sair da cartola alguns dos artifícios utilizados pelos banqueiros para lucrar, sempre à custa da exploração dos trabalhadores e da população.
Frases como filas demoradas, terceirização, insegurança, metas abusivas, juros e tarifas altos, discriminação e assédio moral ilustraram os problemas enfrentados pela categoria e pelos usuários e clientes.
“Somos os grandes responsáveis pelos altos lucros dos bancos, que estão entre os maiores de toda a economia, mas não somos valorizados por isso. Os bancos são concessões públicas e precisam oferecer uma contrapartida digna para os trabalhadores e também para a população”, afirmou Antônio Abdan, secretário de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato.
Um exemplo da falta de responsabilidade dos bancos, denunciado nos protestos, são as demissões, quesito em que o Itaú aparece na liderança. Apesar do lucro de mais de R$ 7 bilhões no primeiro semestre de 2012, o banco fechou 9.014 postos de trabalho nos últimos 12 meses.
Além disso, o banco privado está ampliando o horário de expediente, como em vários shoppings, até as 18h, sem contratar mais funcionários, prejudicando ainda mais o atendimento.
“O banco só lucra e não melhora o atendimento de verdade. A partir do dia 28 de agosto, as agências do Itaú funcionarão com horário estendido e o Sindicato vai observar se o banco está cumprindo o que está na legislação, que prevê atendimento sem discriminação entre clientes e não clientes durante todo o período de atendimento”, disse Edmilson Lacerda, diretor do Sindicato.
Outro truque denunciado, que faz população de vítima, é a cobrança de tarifas altas. O campeão é o HSBC. No serviço de confecção de cadastro, por exemplo, o banco cobra R$ 59, enquanto outras insituições cobram entre R$ 28 e R$ 30.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília