O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, realiza nesta quarta e quinta-feira 15 e 16 a segunda rodada de negociações da Campanha 2012 com a Fenaban, em São Paulo. Estão na pauta reivindicações sobre saúde e condições de trabalho que restaram da semana passada, segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração.
A nova rodada começa menos de 48 horas depois do Dia Nacional de Luta pelo Emprego, realizado na segunda-feria 13, em que os bancários protestaram em todo o país contra o descaso da Fenaban na primeira rodada de negociações ocorrida nos dias 7 e 8 com o Comando Nacional. Além de não apresentarem propostas às reivindicações da categoria, os bancos disseram que os bancários não estão preocupados com o emprego.
Veja como foram o Dia Nacional de Luta e as negociações com a Fenaban
Dia Nacional de Luta pelo Emprego protesta contra descaso dos bancos
Banqueiros dizem que bancários não estão preocupados com emprego
Banqueiros se negam a discutir metas abusivas que adoecem bancários
“O sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Somente os cinco maiores bancos do país lucraram no primeiro semestre do ano mais de R$ 24,5 bilhões. Eles têm totais condições de atender as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
O que será negociado nesta segunda rodada
As negociações começam nesta quarta-feira com as questões de saúde e condições de trabalho que ficaram pendentes da primeira rodada, na semana passada, como garantia de salário ao bancário que tiver benefício indeferido ou alta médica pela previdência social, constituição de Cipas, assistência às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões e várias outras garantias de promoção da saúde nos locais de trabalho.
Sobre segurança bancária, as principais reivindicações que serão negociadas são a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.
Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.
As negociações sobre remuneração envolverão:
> Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.
> Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.
> Remuneração variável, como a PLR. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.
Fonte: Contraf-CUT