A cliente Eliana, de 40 anos, foi assassinada na última sexta-feira, dia 29, após “saidinha de banco”, na Freguesia do Ó, em São Paulo. Ela tinha acabado de sacar R$ 2.000 em uma agência do Itaú. Ela deixa marido e dois filhos.
Eliana era amiga do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, que ficou indignado com mais uma morte em assalto envolvendo bancos. Ele postou mensagem no Facebook. No ano passado, 49 pessoas perderam a vida, na sua maioria clientes.
Para a Fenaban, é apenas mais um número, do qual inclusive os bancos duvidam, conforme pronunciamento recente da Fenaban em audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo.
“Essa irresponsabilidade precisa acabar e só ira acabar quando nossa mobilização for muito mais forte do que é hoje, quando os bancos colocarem as divisórias entre os caixas, os biombos entre a fila e a baterias de caixas, que impedirá a visualização da operação que o cliente está fazendo”, salienta o dirigente sindical.
Ele também defende a isenção de tarifas de transferência de recursos, como DOC e TED, para reduzir a circulação de dinheiro e evitar que clientes virem alvos de assaltantes.
Na avaliação de Cordeiro, “essa irresponsabilidade irá acabar quando os banqueiros e executivos de bancos forem de fato responsabilizados e punidos, ou quando um filho de banqueiro ou executivo de banco for vitima da própria irresponsabilidade de seus pais”.
“A dor das perdas não irá nos desanimar, ao contrário nos fortalecerá para continuarmos lutando por justiça, colocando sempre a vida em primeiro lugar. Quanto a você, Eliana, que com certeza foi acolhida por Deus, reze por nós para nos fortalecer nesta luta pela paz e pela justiça”, conclui o presidente da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT