Não bastasse a greve dos bancários, que completou uma semana ontem, o cliente que foi à agência Itaú localizada no Calçadão de Nova Iguaçu, esquina com a Rua Quintino Bocaiúva, no centro teve uma surpresa desagradável na manhã de ontem.
Isso porque a gerência do banco ordenou o fechamento das portas que dão acesso ao caixa eletrônico.
Muitas pessoas já formavam uma fila do lado de fora da agência e aguardavam a abertura das portas quando foram informadas que não teriam acesso nem mesmo ao serviço eletrônico para saques e depósitos. Uma das primeiras da fila era Maria do Carmo, 80 anos, que estava acompanhada pela filha. “Cheguei aqui com a minha mãe por volta das 8h. Ela sofre do mal de Alzheimer, tem catarata e dificuldade para andar. Tive que comprar um banquinho para ela poder sentar e descansar as pernas. O gerente simplesmente não abriu as portas sem dar nenhuma satisfação”, lamentou a técnica de enfermagem Maria Celeste dos Santos Silva de Melo, 53 anos.
Outra cliente insatisfeita com a atitude da gerência do Itaú foi Sônia Regina Wolski, 49 anos. Sem condições de trabalhar, ela depende do auxílio doença para sustentar a casa em que vive com seu filho que está desempregado. “Hoje é o dia que sai meu benefício e vim receber, mas fui surpreendida com esta situação. Sou hipertensa, diabética e estou com o braço quebrado. Preciso deste dinheiro para sobreviver, pois não posso trabalhar”, afirmou Sônia Regina.
O gerente da agência Itaú localizada no Calçadão de Nova Iguaçu foi identificado como Leo Martini e não saiu do banco para dar explicações aos clientes e ao Jornal de Hoje.
Raphael Bittencourt
Fotos: Marco Antonio Oliveira
Fonte: Jornal de hoje
O Diário da Baixada