Maio 13, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

A situação atual da digitalização no setor financeiro, trajetória das fintechs e os desafios do movimento sindical na América Latina, diante da transformação no mercado de trabalho impostas pela automatização do sistema bancário, são alguns dos temas que serão discutidos no Fórum Sindical Internacional sobre a Digitalização Financeira, que começa nesta quarta-feira (25) e vai até sábado (28), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), uma das organizadoras do evento, na capital de São Paulo.

“Esse fórum é realizado em parceria com a UNI Américas finanças, Fundação Friedrich Ebert Stiftung e Sask. E tem um papel fundamental na troca de experiências do movimento sindical de vários países, para entendermos o cenário atual e apontarmos caminhos à nossa atuação, em defesa das trabalhadoras e trabalhadores do sistema financeiro”, explica a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Rita Berlofa.

O fórum contará com representantes dos sindicatos latino-americanos de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Paraguai, Peru e Brasil. Veja a seguir, a programação:

Fórum Sindical Internacional sobre a Digitalização Financeira

25 de outubro, quarta
Horário de Brasília


9:30 – Abertura
10:20 – Nomeação dos membros da Comissão para o Tratamento Profissional e Cortês
10:30 – “Situação atual da digitalização financeira” pela Comissão Técnica Consultiva da AEBU
11:15 – “A trajetória de desenvolvimento da indústria FINTECH na América Central” por Magda Miranda Alvarado e Luis Solís Ortíz (Observatorio Sindical Costa Rica)

11:35 – Pausa para café

11:50 – “Transformações no mercado financeiro e seu impacto no emprego” pela CONTRAF CUT – Brasil
12:30 – Intervenções gerais

13:00 – Almoço

14:30 – “Bancarização e automatização, o papel do Banco” por Marco Bonnefoy (CSTEBA – Chile)
14:50 – “O desafio dos sindicatos face à digitalização financeira” por Patricia Rinaldi (La Bancaria – Argentina)
15:20 – “A experiência da criptomoeda em El Salvador” por Oswaldo Alarcón
(SITRAFOSVI – El Salvador)


16:30 – Encerramento

26 de outubro, quinta
Horário de Brasília

9:30 – “Impacto laboral da digitalização no sistema financeiro. Apresentações da situação no sistema financeiro” – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México, Paraguai e Peru

13:00 – Almoço

14:30 – Rede Sindical Internacional do Banco Santander
 “Impacto da digitalização no Banco Santander, presente e futuro”.
 Intervenções: CONTRAF CUT / CSTEBA / AEBU / La Bancaria

15:45 – Pausa para café

16:00 – Continuação das intervenções

17:00 – Encerramento


27 de outubro, sexta
Horário de Brasília

9:30 – Continuação da Rede Sindical Internacional Banco Santander
Apresentação FESMC-UGT Representativa Santander
Apresentação Fes CCOO Representante Fes Santander

11:30 – Pausa para café

12:00 – Conclusões

13:00 – Almoço

14:30 – 2ª Reunião da Comissão Trilateral para a Digitalização Financeira
(Associação dos Bancos – AEBU – CONTRAF CUT)
Todas as delegações são convidadas a participar.

16:30 – Encerramento

28 de outubro, sábado  
Horário de Brasília

9:30 – Abertura
10:00 – “A conversa pública e as redes sociais. Desafios para as organizações sindicais” – Apresentação do mapeamento

11:30 – Pausa para café

11:45 – “Futuros estratégicos para colmatar os fossos digitais, ferramentas potenciais e comunicação colectiva digital” pela FES Sindical

13:00 – Almoço

14:30 – MESA Experiências e desafios.
– “A mensagem do sindicato na comunicação moderna. Estratégias para alcançar os jovens trabalhadores” pela CONTRAF CUT.
– “Ferramentas modernas para contactar com os trabalhadores, APPs e redes sociais” por Catalina Beltran (ACEB).
– “A mensagem sindical comprometida com as lutas sociopolíticas” por Ana Muga (CSTEBA -Chile).
– “Otimizando a comunicação digital, os sindicatos ganham poder” da AEBU.

16:30 – Encerramento

Fonte: Contraf-CUT

A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de outubro de 2023 mostra que o fechamento de vagas no setor bancário se manteve pelo 11º mês consecutivo. De outubro de 2022 a agosto de 2023, foram extintas 5.982 vagas. Desde junho, porém, esse ritmo tem apresentado algum arrefecimento, o que pode apontar para certa estabilização ou melhora nos próximos meses. Neste ano, a redução de vagas ultrapassou a casa de 5,4 mil, enquanto nos últimos 12 meses chegou aos 5,8 mil.

Em agosto, os bancos comerciais, os múltiplos sem carteira comercial e a Caixa, juntos, ampliaram em 313 vagas, 265 delas apenas da Caixa. Os bancos múltiplos com carteira comercial, classificação que engloba a maior parte dos bancos privados e o Banco do Brasil, por outro lado, fecharam 341 vagas. No ano, esse mesmo recorte do setor eliminou 5.516 vagas e nos últimos 12 meses apresentou resultado negativo de 5.754.

Houve mais contratação do que demissão em 18 das 27 unidades da federação, com cenário mais favorável na Bahia (115 vagas), seguida pelo Rio de Janeiro (66) e por Amazonas (35). O contrário se deu em nove estados, com destaque para São Paulo (menos 564 vagas), Minas Gerais (86) e Paraná (11). De janeiro a agosto, o número de postos fechados só em São Paulo passou dos 2,9 mil, ou 53,7% do saldo negativo de todo o país.

Idade e sexo

Em agosto, o resultado negativo se deu exclusivamente entre mulheres, com o fechamento de 187 vagas. Entre homens ocorreu a abertura de 141 vagas. A contratação de homens foi 10,7% superior à de mulheres, e os desligamentos, por outro lado, foi 7,6% maior entre elas.

Entre os profissionais com até 29 anos, registrou-se ampliação de 1.030 vagas, enquanto para as faixas etárias superiores, a movimentação foi inversa, com fechamento de 1.076 postos. A maior proporção de contratados foi entre homens de até 29 anos (29,5%), seguido de mulheres dessa mesma faixa (26,6%). As demissões foram mais acentuadas para mulheres acima de 30 anos (35,1%), seguida por homens acima de 30 anos (35,1%).

Remuneração

O salário mensal médio do bancário admitido em agosto foi de R$ 5.249, 72,78% daquele que foi desligado, que era de R$ 7.212.

Na contramão

O secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, observa que “o sistema financeiro segue na contramão do crescimento econômico, com geração de emprego, distribuição de renda e diminuição da desigualdade social, que ocorre no Brasil nos últimos meses”. Para o secretário, “ao fechar postos de trabalho de forma contínua, impondo à categoria uma insegurança social brutal, o sistema financeiro não caminha no sentido do que prega a Constituição Federal”.

Com relação aos dados da pesquisa, Walcir ressalta que “os números mostram uma tendência já conhecida, que é um sinal de alerta para a categoria, pois a eliminação de postos de trabalho tem ocorrido de maneira generalizada, em todas as áreas”. O dirigente acrescenta que “os principais bancos caminham no sentido contrário da geração de emprego e renda, com políticas de fechamento de agências, terceirização e demissão de trabalhadores, ao mesmo tempo em que apresentam balanços bilionários, com alta lucratividade, drenando para os seus cofres boa parte da riqueza socialmente produzida”. Walcir ainda questiona: “Diante dessa situação, inadmissível e que precisa ser mudada, afinal qual é o papel do sistema financeiro em nossa sociedade?”

Ramo Financeiro

No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, em agosto houve a abertura de 2.255 postos. Nos últimos 12 meses, foram criadas 15,8 mil vagas, média de 1,3 mil por mês. As atividades que mais contrataram foram plano de saúde (869), crédito cooperativo (821) e administração de cartões de crédito (159).

Emprego geral

O Brasil apresentou expansão do emprego celetista, em agosto de 2023, de 220.844 postos, com 2.099.211 admissões e 1.878.367 demissões. O saldo foi positivo em todos os grandes grupamentos econômicos: serviços (114.439 postos), comércio (41.843), indústria (31.086), construção (28.359) e agropecuária (5.126).

Os resultados gerais do mercado de trabalho, que incorporam emprego formal e informal, no trimestre móvel de junho a agosto de 2023, a taxa de desocupação foi de 7,8%, (8,4 milhões de desempregados), a subutilização da força de trabalho foi estimada em 17,7% (20,2 milhões de pessoas) e o contingente de pessoas desalentadas passou de 3,6 milhões.

A PEB é realizada pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Contraf-CUT

A greve nacional bancária prevista para a última sexta-feira (20/10) na Argentina foi suspensa após determinação do Ministério do Trabalho daquele país, que também convocou uma reunião entre a Asociación Bancaria (o sindicato dos bancários argentinos) e representantes dos bancos Santander, Galicia e Supervielle.

O movimento sindical bancário argentino denuncia as empresas pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, prática injusta nas mesas de negociação, terceirização e fechamento de agências e redução de postos de trabalho, em grande escala, ocasionando a sobrecarga dos funcionários que permanecem.

A secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, explica que o desrespeito sofrido pelos trabalhadores do Santander na Argentina é o mesmo sofrido pelos bancários do Santander aqui no Brasil. “Nós nos solidarizamos aos nossos irmãos e vizinhos argentinos. O movimento do Santander, de retirada de direitos dos trabalhadores, é um movimento global, portanto a nossa luta precisa ser articulada no âmbito internacional”, explica.

Aqui no Brasil, Rita lembra que, desde o segundo semestre de 2021, o banco intensificou o processo de terceirização, com a criação de seis empresas, cada uma com funcionários vinculados a um sindicato diferente. “A terceirização causa separação entre os trabalhadores e, com isso, enfraquece os direitos conquistados na convenção coletiva da categoria bancária. E esse processo é repetido pelo Santander em outros países”, destaca.

A justiça brasileira já condenou três vezes o Santander por fraudar a contratação de bancários, a partir da alteração de contrato para transferir trabalhadores, de forma compulsória, do CNPJ do Santander para um dos CNPJs das empresas criadas. “O objetivo com isso é rebaixar salários e direitos, além de fragilizar a organização sindical por meio da fragmentação da categoria”, explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander, Wanessa de Queiroz.

Rita observa que nunca foi tão fundamental à classe trabalhadora a organização internacional. “A globalização capitalista desregula os direitos do trabalhador e as cláusulas sociais conquistadas nos acordos coletivos. Isso fica claro com a escalada da precarização do mercado de trabalho não apenas no Brasil, como no mundo, onde estamos vendo que a principal oportunidade de trabalho que é apresentada hoje são as plataformas de aplicativos”, aponta. “Por isso, temos dado cada vez mais destaque para a unidade dos movimentos sociais progressistas, do movimento sindical de trabalhadores. É essa unidade que impediu perdas maiores de direitos nos últimos anos e que vai permitir que tenhamos força contra as novas pressões do capitalismo vigente”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT

No último sábado (21), durante o 14° Congresso Nacional da CUT (Concut), foi eleita a diretoria executiva da entidade que estará à frente da entidade nos próximos quatro anos (2023 a 2027).

Para a presidência foi reeleito o metalúrgico do ABC Sergio Nobre. A vice-presidência ficará com a bancária Juvandia Moreira, também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Secretaria-Geral estará sob o comando do representante do ramo químico, Renato Zulato.

Foram criadas quatro novas secretarias: Economia Solidária; LGBTQIA+, Transporte e Logística e Aposentados, Pensionistas e Idosos.

No encerramento, neste domingo (22), Sergio Nobre, reeleito presidente, voltou a agradecer os cerca de dois mil delegados e delegadas que compareceram ao 14º Concut, realizado de quinta a domingo, no Expo Center Norte, em São Paulo.

“Quero desejar um bom retorno a todas as delegações e, com certeza, a gente vai se encontrar esse ano que vem nas muitas lutas que vamos fazer nas ruas e vamos para Brasília fazer a grande marcha que a gente aprovou aqui. Um grande abraço, companheiros e companheiras. Venceremos!”, disse o presidente reeleito da CUT.

Participação dos bancários

Entre os eleitos, estão sete bancários, além da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, eleita como vice-presidenta da CUT Nacional.

“Como nova gestão, vamos enfrentar uma nova fase de luta, para a classe trabalhadora, que passa pela retomada de vários direitos que foram retirados, nos últimos anos, passa também pela organização de vários trabalhadores, para dentro do movimento sindical, como os trabalhadores de plataformas [entregadores e motoristas de aplicativos]. Somente esses dois, já são desafios grandes para pensar a organização da classe trabalhadora e fortalecer o movimento sindical”, avaliou a bancária Rosalina Amorim, eleita secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais. “Acredito que a contribuição que os bancários podem trazer à essa gestão é compartilhar a nossa experiência”, completou, ao lembrar que os trabalhadores do ramo financeiro foram os primeiros a terem direito à licença-paternidade ampliada e ao combate do assédio moral e assédio sexual clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Para o bancário Milton Rezende, eleito secretário adjunto de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais, a eleição do terceiro mandato do presidente Lula abriu um novo ciclo de lutas à classe trabalhadora no país. “Essa volta de um governo progressista ao poder coloca novos desafios para nós, além dos velhos. Os velhos são recuperar aquilo que foi retirado da classe trabalhadora, dos direitos da classe trabalhadora. E novos são aqueles temas que a gente tem que organizar, olhar o mundo do trabalho atual e organizar o movimento sindical, pensando esse mundo do trabalho que tem precarizado trabalhadores de aplicativos, trabalhadores PJ, trabalhadores informais. Enfim, nós temos várias frentes para atuar”, concluiu.

Além de Rosalina e Milton, outras bancários e bancários foram eleitos, como Daniel Gaio, para a secretaria de Meio Ambiente; Ari Aloraldo do Nascimento, para a secretaria dos Aposentados, Pensionistas e Idosos; além de Marcelo Rodrigues da Silva (Marcelinho), Antônio Fermino e Neiva Ribeiro para a direção executiva.

Fonte: Contraf-CUT

A nova direção da CUT Nacional, para o período 2023-2027, foi eleita e empossada nesse sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT (Concut) – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Foram aprovados o Plano de Lutas e resoluções (moções) para a Central nos próximos quatro anos. O Plano de Lutas inclui aprofundar o diálogo com a sociedade, a partir de campanhas educativas sobre a importância social dos sindicatos na garantia de direitos do trabalhador, a luta por democracia e desenvolvimento sustentável, emprego digno, reforma agrária, segurança alimentar e economia solidária.

Ao final dos votos sobre as moções e o Plano de Lutas, o presidente reeleito da CUT, Sérgio Nobre, ao lado da recém-eleita vice-presidenta da entidade, Juvandia Moreira, agradeceu aos delegados e delegadas, que vieram de todos os estados do país, comentou sobre as dificuldades do movimento sindical nos últimos anos e também ressaltou a “garra dos companheiros que realizaram o congresso”.

“Um grande desafio que a gente tem, da classe trabalhadora, é o de reconstruir o Brasil, de pensar um país com direitos, de pensar um país com sindicatos fortes, um país com a democracia forte, um país com desenvolvimento econômico, sustentável, para o meio ambiente e também que promova a inclusão social”, explicou Juvandia Moreira, sobre os desafios do próximo quadriênio. “Esse desenvolvimento tem que contemplar as várias regiões do país, contemplar os vários ramos”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

No ano em que a CUT Nacional completa 40 anos, o metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre, foi reeleito presidente da maior central sindical da América Latina e quinta do mundo, para o período 2023- 2027.

O pleito, que resultou também na eleição da bancária Juvandia Moreira na vice-presidência da entidade, ocorreu neste sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Sérgio Nobre agradeceu a todas as lideranças dos ramos, dos estados que ajudaram a eleger, em suas palavras, uma chapa de qualidade, combativa, que vai ter a tarefa de conduzir a Central nos próximos quatro anos.

“Muito obrigado a todos e todas que nos ajudaram a construir a unidade. Essa unidade é fundamental para a gente enfrentar essa conjuntura difícil. Quero agradecer muito de coração os companheiros e companheiras que estão deixando mandato neste momento. Podem ter certeza que estão deixando sua missão cumprida, contribuíram muito na nossa trajetória até aqui”.

Em seu agradecimento Nobre lembrou que a trajetória da CUT nesses 40 anos é um legado que tem de ter continuidade.

“É uma grande responsabilidade para os novos que estão entrando, mas “todos são muito tarimbados, qualificados para representar a nossa central nesse período. Quero dizer a todos vocês que nós vamos buscar conquistar aquilo que nós debatemos aqui, a mudança no nosso modelo sindical para proteger 100% da classe trabalhadora, de investir pesado nas brigadas digitais, investir pesado na criação dos comitês de luta e tenho certeza que nós em 2026 vamos ajudar muito a reeleger o nosso presidente Lula, pela quarta vez no nosso país, para que possamos seguir com democracia, com justiça social e a classe trabalhadora no centro. E tenho certeza que no 15º Congresso Nacional da CUT essa direção vai deixar um legado de luta, de vitórias para a próxima geração”, finalizou.

No evento, que termina no domingo (22), com a participação de mais de dois mil delegados e delegadas de todo país e cerca de 200 convidados internacionais oriundos da Europa, África, Ásia e as Américas Latina e do Sul, também foi eleita uma nova diretoria da entidade para os próximos quatro anos.

Com informações do portal da CUT

Nesta segunda-feira, 23 de outubro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) realiza uma reunião sobre o Saúde Caixa, a partir das 19 horas, que contará com a participação da Coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho que discute soluções para o plano de saúde, Fabiana Uehara.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde e Representante da Fetraf RJ/ES na CEE da Caixa, também estará mediando a reunião.

Poderão participar: empregados e empregadas ativas da Caixa; aposentados e aposentadas.

A plenária acontece através da plataforma Google Meet e os interessados devem acessar o link: https://meet.google.com/nqt-jfwo-fop

Fonte: Fetraf RJ/ES

Aumentar a participação de jovens, não apenas para oxigenar, mas também para garantir a longevidade no processo de luta e conquistas à classe trabalhadora é um dos principais desafios do movimento sindical. O tema foi debatido na tarde desta quinta-feira (19), durante a Plenária Nacional da Juventude da CUT, realizada no âmbito do 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que vai até domingo (22) no Expo Center Norte, na capital de São Paulo.

“Se estamos no movimento sindical é para construir uma sociedade justa, porque lutamos por direitos e a participação da energia e garra da juventude são componentes essenciais para isso”, destacou o deputado federal Carlos Veras (PT-PE), convidado para a mesa da plenária.

Roberto Parizotti
Fotografia de
ROBERTO PARIZOTTI

Ele, que atuou na “juventude Cutista”, apontou ainda como um novo e importante desafio a inclusão no movimento sindical dos trabalhadores das plataformas de aplicativos, um grupo formado por muitos jovens. “Atualmente, quase metade da população em idade ativa está hoje no mercado informal”, complementou.

“Atrair a juventude para lutas nossas, e que também são dos jovens, é uma prioridade, sobretudo no atual momento político que estamos, de reconstrução do Brasil”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é vice- presidenta da CUT Nacional. “Esse encontro, que realizamos hoje, é importante para pensar em como fortalecer, estimular e ampliar a participação dos jovens”, pontuou.

No período mais recente, entre 2019 e 2022, o então governo de Jair Bolsonaro (PL)  cortou 93% do orçamento da Secretaria de Juventude, além de acabar com políticas públicas para esse grupo, estabelecidas nos governos anteriores, de Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), quando, historicamente, ocorreram os maiores investimentos em oportunidades e garantias de direitos aos jovens (ampliação no acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à renda, à terra, aos esportes, lazer e cultura).

Em julho deste ano, o governo Lula, em seu terceiro mandato, recriou o Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude (COIJUVE), órgão que faz a gestão e o monitoramento das políticas públicas destinadas à juventude.

O secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, destacou que o desafio de trazer mais jovens para o movimento sindical requer o domínio das novas formas de dialogar, sem deixar de aprender com a história de quem ajudou a construir a CUT de hoje.

Ele trouxe como exemplo a história de vida do presidente Lula, que ainda muito pequeno saiu do interior de Pernambuco para São Paulo – movimento que a sua família, liderada pela mãe Dona Lindu, fez à procura de uma vida melhor.

 “Pelas condições em que veio para o Sudeste, já foi uma vitória Lula não ter morrido no caminho. Depois de muitas lutas, no movimento sindical, chegou à presidência do país por três vezes”, relembrou. “O presidente Lula obteve sua formação política no meio sindical e, é importante destacar isso, porque nós podemos ter entre a nossa juventude um futuro presidente do Brasil”, concluiu. 

O papel da formação foi destaque na plenária como solução para aumentar a entrada de jovens no movimento sindical. “Muitas vezes as pessoas [jovens] chegam no movimento sindical por uma luta individual, uma dificuldade do seu local de trabalho, da sua comunidade, e acaba compreendendo que é um problema de luta de classe”, explicou a secretária de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti.

Flávia Silva, coordenadora de projetos da DGB Bildungswerk, instituto de formação e cooperação internacional da DGB, a Central Sindical Alemã, reforçou a importância da formação para trazer jovens ao movimento sindical.

“O tema da juventude é muito recorrente na DGB, o que nos levou a criar um congresso, realizado todos os anos, de onde tiramos as pautas prioritárias de luta à classe trabalhadora jovem”, contou.

A secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, que acompanhou como expectadora toda a plenária avaliou o encontro como “muito importante para o futuro do sindicalismo cutista”. “Somos nós, jovens, que construiremos a CUT dos próximos 40 anos, valorizando a história de quem veio antes, mas principalmente pensando um modelo de sindicalismo que efetivamente represente os trabalhadores brasileiros em todas as suas formas e diversidade”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O quarto módulo do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ocorrido presencialmente nesta quarta (18) e quinta-feira (19), em São Paulo, encerrou um ciclo de formação sobre o tema.

“Trata-se de um processo de formação, iniciado em junho, que contou com a contribuição de especialistas que nos ajudaram a entender e aprofundar o debate sobre o tema, e com a participação dos próprios dirigentes que estavam se formando e formando suas companheiras e companheiros de turma na medida em que construíam coletivamente as propostas de ação para solucionar os problemas que afetam as condições de trabalho e a saúde da categoria”, explicou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon.

“Precisamos investir na prevenção e cobrar dos bancos medidas para conter esta situação e exigir que cumpram as normas vigentes”, disse o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, ao alertar que a vigilância das condições de trabalho e adoecimento nos bancos tem tido maior relevância devido à alta incidência de adoecimento na categoria. “Com certeza, os dirigentes que participaram estão ainda mais capacitados para a ação sindical, uma vez que, além das questões teóricas, nosso curso construiu, coletivamente, propostas de ação concreta nos ambientes de trabalho, todas balizadas nos conceitos de que saúde não se vende e de não delegar a luta por saúde apenas aos governos e patrões, mas sim de colocar os trabalhadores como protagonistas dos cuidados com sua própria saúde, sem, é claro, tirar a responsabilidade dos bancos e dos governos”, completou.

Para além da medicina do trabalho

O mestre em Ciências Sociais pela PUC-RS e doutor em Políticas Públicas pela UFRGS, Vinícius Rauber, fez um apanhado histórico sobre vigilância da saúde do trabalhador para contribuir com as reflexões da manhã de quarta-feira. “A vigilância da saúde do trabalhador rompe com a abordagem que vincula a doença a um agente específico ou a um grupo de agentes existentes no ambiente de trabalho e elege, como eixo de organização das ações, os determinantes e os condicionantes do processo saúde-doença no enfoque da promoção, e não apenas os riscos e os agravos, o que confere à saúde do trabalhador a natureza interdisciplinar”, disse Vinícius, ao explicar que a saúde do trabalhador vai além das práticas e dos propósitos da medicina do trabalho (especialidade médica) e da saúde ocupacional (foco nos ambientes de trabalho).

Acolhimento

A reflexão continuou na parte da tarde com as contribuições da educadora física, especialista em Saúde e Trabalho pela UFRGS e mestre em Serviço Social pela PUC-RS, Jacéia Netz, que abordou técnicas de análise de riscos e de entrevistas com trabalhadores, construção de roteiro de inspeção, checklist, protocolos, questionários e roteiro de entrevistas, além da preparação das equipes e estabelecimento de estratégias para o acolhimento dos trabalhadores e das denúncias, ou informações que eles têm a passar sobre seu ambiente de trabalho e sua saúde.

“É importante construirmos coletivamente um processo de formação para a ação, com vigilância permanente dos ambientes de trabalho bancário, para que possamos fiscalizar o cumprimento das normas legais pelos bancos e efetivamente prevenir o adoecimento da categoria”, afirmou Jacéia Netz.

Os participantes foram divididos em grupos para, a partir da proposta base de cheklist em vigilância em saúde, elaborarem coletivamente uma proposta a ser aplicada nos estados dos participantes do curso. Na sequência, os grupos se reuniram para compartilhar os apontamentos dos grupos.

Formação para a ação

Na manhã de quinta-feira os participantes receberam as instruções para a avaliação da proposta de orientação e acolhimento aos bancários a ser aplicado nas agências e foram divididos em grupos para analisarem a proposta final e apontarem possíveis mudanças. “Nossa ideia é construir um instrumento que seja efetivo no mapeamento do ambiente de trabalho e das doenças que acometem a categoria, para que possamos apresentar aos gestores e aos bancos, para reduzir o adoecimento e melhorar as condições de trabalho”, explicou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

As propostas foram partilhadas em uma plenária final e serão incorporadas à proposta que será enviada posteriormente às entidades pela Secretária-Geral da Contraf-CUT.

Formação permanente

Este quarto módulo seria a última etapa da formação sobre vigilância e atenção à saúde do trabalhador, mas os participantes, juntamente com os responsáveis pelas secretarias de Saúde e Formação da Contraf-CUT, decidiram manter o processo de formação em aberto, com uma nova etapa para avaliação da ferramenta e sua aplicação nas agências, com a devida adequação e melhoria.

“Este é um processo que será constante. A todo momento teremos que avaliar e readequar a ferramenta, para aplicação e solução dos problemas enfrentados pela categoria no que diz respeito à saúde e condições de trabalho”, concluiu o secretário de Formação da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e associações que representam os funcionários do Sistema BNDES – que além do banco inclui as subsidiárias BNDESPAR e Finame – exigem o imediato cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, assinada em 2022, por parte da entidade estatal.

Até o momento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não reajustou os salários de seus funcionários, o que já ocorreu com toda a categoria, desde que foi encerrada a negociação com os bancos na Campanha Salarial de 2022, no segundo semestre do ano passado. Conheça aqui detalhes da CCT da categoria.

A direção do BNDES se justifica afirmando que, para aplicar o reajuste, tem que esperar a conclusão do grupo de trabalho (GT) formado para definições específicas do plano de saúde, oferecido a funcionários, aposentados e seus dependentes. O GT foi definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado no ano passado.

Direito legítimo

O vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que participa das negociações com o BNDES, afirma que o argumento não procede. “Ficou claro inclusive na ata do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que mediou a reunião de conciliação entre banco e funcionários, no final de 2022, que não há esse condicionamento ao GT, que só trata do plano de saúde”, afirmou o dirigente. “A atual direção, liderada por Aloízio Mercadante e indicada pelo atual governo, democrático e com apoio popular, está cerceando o legítimo direito do funcionalismo do BNDES de obter o reajuste negociado na CCT, que toda a categoria bancária já está usufruindo”, completou.

O BNDES tem, sistematicamente, colocado dificuldades na negociação do reajuste com o funcionalismo. “O governo Bolsonaro atacou constantemente os trabalhadores, mas com uma resistência firme e organizada, o movimento sindical conseguiu garantir todos os direitos aos funcionários, mesmo naquele período sombrio”, lembrou Vinícius. “Agora, para nossa surpresa, a atual direção, indicada pelo governo Lula, vem na contramão do que está ocorrendo em todas as outras estatais federais”, criticou.

Mobilização

As entidades sindicais e associações que representam os funcionários do Sistema BNDES avaliam que o prazo para o posicionamento do banco esgotou. “Ou a direção do BNDES muda de postura e cumpre sua obrigação de honrar a CCT da categoria, ou não haverá alternativa que não seja a mobilização dos trabalhadores da entidade”, advertiu Vinícius.

Ele lembra que o processo negocial já se estende há muito tempo, e o banco insiste nesse posicionamento de descumprir a CCT. “Essa postura do BNDES é um desrespeito a toda categoria bancária, que teve um grande processo de negociação com o conjunto dos bancos do país. Cobramos na última reunião com a direção da entidade um posicionamento definitivo, mas se continuarmos sem nenhuma resposta, vamos buscar os direitos dos trabalhadores na mobilização, com todas as nossas forças”, garantiu.

Fonte: Contraf-CUT