Novembro 25, 2024
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Lançada Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos

A cerimônia de lançamento da representação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos no Rio de Janeiro, ocorrida na quinta-feira (21), no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, contou com a presença do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), presidente da Frente no Congresso Nacional, e dos deputados federais do PT do Rio de Janeiro, Wadih Damous e Luiz Sérgio. Também estavam presentes os deputados estaduais Carlos Minc (sem partido), Paulo Ramos (PSOL-RJ), Gilberto Palmares (PT-RJ), o vereador Reimont (PT), além do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von der Osten, e a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso.

Todos ressaltaram a necessidade de os sindicatos e demais entidades do movimento social ampliarem o diálogo com a sociedade para alertar sobre as consequências desastrosas que a entrega das empresas públicas a grupos privados nacionais e estrangeiros trará para o país. Frisaram que a única forma de evitar a entrega destas empresas é uma grande mobilização social.

O presidente da Contraf-CUT destacou a importância da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos no Congresso Nacional. “Nós podemos fazer muita coisa nas ruas para conscientizar a categoria e a sociedade como um todo sobre a importância dos bancos públicos, mas não podemos nos esquecer que é lá naquela casa, onde já foi aprovada a retirada de direitos dos trabalhadores, onde querem retirar direitos previdenciários, que também podem autorizar o desmonte das empresas e a venda de nosso patrimônio público”, disse Roberto von der Osten, ressaltando ainda que a elite financeira e industrial está articulada para atacar o patrimônio público e a classe trabalhadora.

“Ao conversarmos com os trabalhadores bancários de outros países, percebemos que em todos os países está havendo uma retomada do neoliberalismo. Mas, o que surpreende a todos é a velocidade e a voracidade com que isso está acontecendo aqui no Brasil, com a entrega da soberania do país. Esse ataque construído no Brasil, além de interesses do empresariado nacional, tem o apoio de forças internacionais”, observou o presidente da Contraf-CUT.

Adriana Nalesso lembrou que as empresas públicas são as responsáveis por grandes investimentos na economia e no desenvolvimento nacional. “No caso específico dos bancos públicos, financiam programas sociais, a construção de habitação popular, a ampliação de pequenas, medias e grandes empresas e ainda o crédito agrícola. Que grupo privado investirá nisso? Eles têm como objetivo único o lucro e não o interesse da sociedade que será a grande prejudicada com as privatizações”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

“O desmonte das empresas e especificamente dos bancos públicos prejudica a execução de políticas nas áreas da habitação, agricultura familiar e infraestrutura, entre outras áreas sociais. Assim como eles se uniram para promover os ataques às empresas públicas e aos direitos dos trabalhadores, também temos que chamar o MST, o movimento de moradia e demais movimentos sociais para entrar nesta luta com a gente”, afirmou von der Osten.

Papel da mídia
A presidente do Comitê de Defesa das Empresas Públicas e bancária da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, destacou o papel da mídia em passar a ideia de que o que é público é ruim e que o que é o privado é bom. Por isto mesmo, defendeu a intensificação do diálogo com a sociedade no sentido de desmistificar este conceito. “É preciso dialogar com os diferentes segmentos da sociedade e construir um processo de resistência às privatizações”, defendeu.

Na sua avaliação, os bancos públicos não constam da lista das estatais a serem privatizadas, porque a privatização destas instituições financeiras se faz através da entrega de empresas coligadas e do sucateamento, cedendo, desta forma, espaço para a ampliação dos negócios dos bancos privados. “Temer reduz cada vez mais o papel dos bancos públicos, como vem fazendo com a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES, em benefício do setor privado”, resumiu.

Leia mais sobre a cerimônia no site do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Fonte: Contraf, com Seeb/Rio de Janeiro