No Dia Nacional de Luta, realizado pelos bancários nesta terça-feira (29), mais de 13.500 trabalhadores de agências e centros administrativos de três brancos privados (Bradesco, Itaú e Santander), por todo o País, paralisaram suas atividades.
A mobilização foi uma orientação do Comando Nacional dos Bancários para pressionar os bancos, apontando para greve a partir de 6 de outubro, que será deliberada em assembleias dos trabalhadores nos dias 1° e 5 de outubro.
Na última rodada de negociação, dia 25 de setembro, em São Paulo, os bancos apresentaram proposta para a categoria com reajuste de 5,5% no salário, também na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche e um abono de R$ 2.500,00, não incorporado ao salário. O reajuste está muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88% (INPC) em agosto deste ano e significa perda real de 4% para os salários e demais verbas da categoria.
“Diante da intransigência em atender às reivindicações da categoria, a Fenaban está jogando os bancários para a greve” afirmou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
Confira aqui como foi a última rodada de negociação
Principais reivindicações da categoria
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: Contraf-CUT