A Contraf-CUT apoia o Projeto de Lei (PL) nº 6929/2013, de autoria do deputado federal Artur Bruno (PT-CE), que proíbe as empresas de expor publicamente as metas a serem alcançadas pelos trabalhadores.
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O parlamentar afirmou em matéria publicada no último dia 16 pelo Jornal O Estado, de Fortaleza, que a iniciativa surgiu a partir de denúncias, sobretudo dos bancários. “Eles reclamavam que os gerentes mandavam torpedos, via celular ou internet, cobrando produtividade. Muitos ficam estressados, outros se deprimem e se sentem coagidos a alcançar as metas. O trabalho tem local e horário, não pode invadir a intimidade”, explicou.
Segundo Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a cláusula 36ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014 dos bancários dispõe sobre o monitoramento de resultados e proíbe a exposição do ranking individual de metas dos funcionários e na Campanha Nacioanal 2013 foi conquistada a inclusão de um parágrafo que veta o envio de torpedos (SMS) para cobrança de metas.
“No monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados. É vedada a cobrança de cumprimento de resultados por torpedos (SMS), pelo gestor, no telefone particular do empregado”, consta na CCT.
O deputado salientou que a exposição das metas tem deixado de ser uma ferramenta motivacional para ser uma modalidade de assédio moral. “Não podemos admitir esse tipo de pressão que está sendo imposta sobre os trabalhadores”, reclamou, acrescentando que pretende proibir ainda a exposição do ranking individual de desempenho do trabalhador.
Para Walcir, a fixação de metas e a violência praticada para cobrar esses resultados dos empregados são abusos cometidos pelos bancos. “As metas e o assédio moral são temas que habitualmente aparecem com muita força nas consultas aos bancários na deflagração da Campanha Nacional”, enfatiza.
O parlamentar acredita que o projeto será votado no início de 2014. “Parabenizamos a iniciativa do deputado e nos colocamos a disposição no que for preciso para que o projeto tenha êxito”, conclui Walcir.
Fonte: Contraf-CUT