Imprimir esta página

Santander manda serviços às agências e força bancários a extrapolar jornada

Funcionários da rede de agências do Santander estão sobrecarregados depois de assumirem a compensação de cheques, feita antes fora das uniddades. O banco passou a responsabilidade às agências, no entanto, mas não contratou mais funcionários para essa nova função, gerando transtornos e extrapolação da jornada de trabalho.

 

Segundo a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani, diversas denúncias chegaram de funcionários sobrecarregados, que estão sendo obrigados a trabalhar após sua jornada e, inclusive, depois de registrar sua saída por meio do ponto eletrônico, uma vez que está proibida a realização de hora extra.

 

Já houve contato com o banco. “O Santander informou desconhecer o problema e disse que irá averiguar a situação nas agências. O banco também nos disse que se trata de um problema de gestão e situações como essa estão sujeitas a demissão por justa causa”, informa Maria Rosani.

 

“O banco precisa urgentemente contratar mais funcionários para atender essa demanda. Somos contra essa extrapolação da jornada e registrar saída e continuar no local de trabalho é inadmissível e contra a lei”, ressalta a dirigente sindical.

 

A Contraf-CUT, federações e sindicatos aguardam a marcação de uma reunião específica com o Santander para tratar das condições de trabalho. Além disso, foi apresentada ao banco na segunda-feira (16) uma proposta de acordo coletivo sobre o ponto eletrônico nos moldes da portaria nº 373/2010 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

 

Conforme a proposta, o sistema do banco deve possibilitar o registro correto do ponto, o qual poderá ser impresso pelo bancário e assinado por ele no final de cada mês, constando somente os horários de entrada e saída e de intervalos para alimentação. O banco ficou de avaliar.

 

“Somos contrários às práticas do banco de compensação de hora extra e banco de horas”, esclarece Maria Rosani.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo