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Centrais Sindicais farão ato contra alta da taxa de juros

Nesta terça-feira (14), as principais Centrais Sindicais irão realizar um ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, contra o aumento da taxa de juros no Brasil, que tem elevado o preço de itens básicos de sobrevivência, como alimentos e transporte.

O ato terá concentração às 10h em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, 1804.

A convocação ocorre após os constantes aumentos da taxa Selic, os juros básicos da economia, feitos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Em maio, a taxa foi 12,75% ao ano, colocando o Brasil no topo da lista de 40 países com a maior taxa de juros. Apesar da Selic ser uma taxa ligada à tomada de crédito, ela acaba influenciando e puxando todas as demais taxas do país, aumentando os preços de itens de supermercado, a conta de energia e os combustíveis, por exemplo.

“Tudo aquilo que o movimento sindical vinha alertando está ocorrendo. A autonomia do Banco Central é mais um dos grandes erros promovidos por Jair Bolsonaro (PL), pois o desvincula da política econômica do governo federal e o deixa subordinado aos interesses dos grandes empresários. É mais uma forma de desmontar o papel do Estado e das empresas públicas”, diz a presidenta da CUT-SP, Telma Victor.

A falta do poder de compra da população é tão crítica que muitos têm deixado de se alimentar de forma adequada. Na última quarta-feira (8), uma pesquisa da Vigisan (Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil) aponta que 33,1 milhões de brasileiros estão passando fome, o equivalente a 15,5% da população. O número levou o país a patamares de 30 anos atrás.

Em demonstração de desespero e despreparo, Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes pediram que donos de supermercados congelassem os preços até 2023. Resta saber se os patrões vão querer abrir mão dos lucros.

Serviço

Ato das Centrais Sindicais contra Juros Altos e Carestia
14 de junho de 2022
10h
Av. Paulista, 1.804, em frente ao Banco Central, São Paulo

Texto: Rafael Silva – CUT São Paulo